ANAIS :: SIMC 2014
Resumo: 229-2


Poster (Painel)
229-2MICROBIOTA FÚNGICA DE AMBIENTES LABORATÓRIAIS
Autores:Ximenes, P.B (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Buonafina, M.D.S. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Santos, F.A.G. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Pereira Junior, S.F. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Silva, M.N. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ferreira Junior, D.L. (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Nas atuais condições climáticas de temperatura do planeta, tornam cada vez maior o tempo de exposição do trabalhador a ambientes refrigerados artificialmente, sem condições adequadas de ventilação e renovação de ar. Estas condições se assemelham às quais se submetem pacientes internados em ambiente hospitalar, com agravante do seu estado imunológico comprometido, fato tal que predispõem a infecções fúngicas. Entranto, não há parâmetros no que diz respeito à concentração de bioaerossois fúngicos ou de outras origens, estabelecidos para o controle destes propágulos em ambientes climatizados. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade do ar de laboratórios de uma instituição de ensino superior. De janeiro a março de 2013 foram expostas nos laboratórios de uma instituição de ensino superior, placas de Petri contendo meio Ágar Sabouraud com cloranfenicol, por 15 minutos a uma altura de 1 a 2m acima do piso. Após desenvolvimento das colônias fúngicas, essas foram analisadas macroscopicamente e submetidas a exame microscópico coradas em azul de Amann. Os resultados mostram um maior número de colônias fúngicas e diversidade de espécies nos ambientes com menor circulação natural de ar. Foram identificados 14 gêneros, dentre eles Acremonium sp. (12,1%), Alternaria sp. (15,1%), Aspergillus sp. (30, 3%), Candida sp. (6%), Cladosporium sp. (48,4%), Conninghamella sp. (3%), Fusarium sp. (18,1%), Geotricum sp. (3%), Mucor sp. (54,5%), Penicillium sp. (24,2%), Rhodotorula sp. (78,7%), Stemphylium sp. (3%), Streptomyces sp. (3%), Tórula sp. (3%), leveduras não identificadas (3%) e Mycelia sterilia (93,9%). A contaminação nos laboratórios avaliados pode estar associada com o fluxo de pessoas, falta de metodologia de limpeza e até uma baixa eficiência dos desinfetantes utilizados, além de outros fatores que também contribuem para a permanência ou penetração de micro-organismos, como: ausência de ventilação natural, temperatura e a umidade ambiental. Estes dados contribuirão para fomentar dados nessa área de estudo para que futuramente se definam parâmetros da qualidade do ar, quanto ao nível de propágulos fúngicos.


Palavras-chave:  Fungos anemófilos, Infecções fúngicas, Laboratório